Eu estava aqui pensando em que ‘amostrar’ por aqui, sabe?
Pensando, mas agora como verbo, nada se AMOSTRA mais claro que uma IMAGEM, f o t o g r a f i a!
Vamos falar de fotos!
Além do clichê, que por mais clichê que seja é o que REALMENTE nos leva pro além . . . FOTOGRAFIA ETERNIZA O MOMENTO.
Ser
fotógrafa foi uma das primeiras coisas que eu descobri que eu queria
ser na vida! A fotografia faz parte de uma maneira do meu cérebro
funcionar. Se alguém algum dia me perguntasse como meu cérebro
funciona eu com certeza responderia que é através de imagens, por eternizar
momentos, com luzes e sombra...tanto através da minha máquina fotográfica, como com a minha máquina - mas máquina de todas, digo de
passagem- que é a minha ALMA. Não estou sendo poética não, é verdade verdadeira isso!
Nada expõe mais a alma do que sair por aí tentando eterniza-la. Nada expõe
mais a alma como sair por aí montando um mosaico das imagens que ela
representa; nada expõe mais a alma que um shoot!
A ideia surgiu da seguinte questão...se está no papel porque não mostrar?
Exposição?
-Sim
E fotografada!
A primeira sessão dessa nova ideia... dessa EXPOSIÇÃO será da seguinte história:
Basicamente
eu e uma amiga queríamos viajar e estávamos procurando qualquer
‘mutivu’ para isso! Como ambas somos arte-terapeutas SURGIU um Congresso
de Artes Expŕessivas em Lima - Peru
Fomos.
Essas fotos foram do ritual de encerramento do Congresso.
Alguns índios QUECHUAS levaram a seguinte proposta. Todos os participantes pegam um milho.
Era
discutido um propósito em comum, um tema em que todos repetiriam antes
de começar, desse dia foi “QUE TODAS AS SEMENTES DO MUNDO GERMINEM”. A
segunda parte do ritual tu deverias pensar em alguém, só podia ser uma
pessoa que não você mesmo.
Os índios se colocaram no centro da roda e nos explicaram de nossa
caminhada aqui na terra e também falaram dos possíveis ritmos dessa
caminhada.
Eram
três rodas: os círculos alternavam cada um girando para cada lado, de fora para dentro ...a roda de fora girava sentido horário e a era a roda a que se podia correr, a
segunda era sentido anti-horário e era a roda que se caminhava rápido e a de dentro era sentido horário e era a que caminhava
bem lentamente e no centro os índios tocavam instrumentos e (en)cantavam um mantra “CADA PASSO É UM REZO”, que pelo o que senti e entendi é
que cada vez que damos um passo abrimos uma nova porta, um novo tempo,
um novo espaço, um novo risco e que por isso cada movimento que fazemos é
sagrado, uma manifestação… um rezo.
Começar
a nova EXPOSIÇÃO com essas fotos não foi à toa! Cada shoot é um rezo! Eterniza um momento, é algo muito sagrado e que deve ser feito com
afeto e cuidado.
Voltando ao inicio do ritual.
Ficávamos em circulo; já tendo escolhido um propósito comum e uma pessoa em que
você deseja mandar muito energia e reconectar de alguma maneira , já com
os milhos selecionados também.
A música começa, a fogueira no centro de todos queimava ervas aromáticas, palo santo, perfumadíssimo, sinto cheiro quando vejo as fotos...... fazia um friozinho bom...
A primeira pessoa levantava o braço e o mais alto possível gritava o propósito do grupo"QUE TODAS AS SEMENTES DO MUNDO GERMINEM" e depois gritava o nome da pessoa eleita por ela como propósito pessoal. Na sequência todos da roda iam levantando a mão com o milho, muito sagrado e importante pro Peru. Conforme o ritual continuava você podia mudar de um circulo
para o outro, alternando o ritmo sa sua rezo, do propósito....era muito bonito. e para cada passo que se dá o mantra CADA PASSO UM REZO permanece.
Bom, o final….
Foi feliz.
Tá na hora de parar de falar e 'amostrar' certo? Seguem os shoots!